CANSADA
Cansada de fugas e procuras,
Essa vontade de redescobrir
O sentido da existência,
Entre as coisas me cercam,
As palavras morrem...
Mas renascem nos caminhos.
Estou na floresta dos acontecimentos,
Sinto o corpo deserto de alma...
Em sensações inúteis,
Me enveneno para adormecer.
Meu derradeiro refúgio...
Este morrer lento e constante
No cair das margens
Sobre águas indiferentes...
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso