Soneto - A magia do nosso mesmo amor!
Desperto, de um sonho infame, pesadelo delirante,
Tu amante; dorme teu sono calmo, carregado de perfume,
Eu, discípulo das tuas certezas... Sou temor pensante!
Busco teu corpo e no aconchego nas tuas curvas, ganho lume
Ascendo na tua transcendência de mulher que é feita nume
e descanso no berço da tua beleza sinuosa – impudente
Sou assim entregue aos movimentos do teu corpo arfante.
Justiça que implorei ao caos primitivo desta vossa deusa incólume.
Tu dormes e é tarde, o sol logo se avizinha; o primeiro canto faz volume
Na cela de nossos diálogos eternos, sei... É a avezinha que cedo se faz viajante!
É tarde, e o tempo este eterno dissipador das lembranças, rico em queixume
Pede passagem anunciando que a vida é o acumulo do instante!
Nosso leito, meus olhos, nossos corpos, vosso toque, nosso rico volume
De ganhos e perdas. Mistério!... Desvelado pela magia deste nosso amor referente!
imagem: Rabe (quintal da casa da Rose)
Desperto, de um sonho infame, pesadelo delirante,
Tu amante; dorme teu sono calmo, carregado de perfume,
Eu, discípulo das tuas certezas... Sou temor pensante!
Busco teu corpo e no aconchego nas tuas curvas, ganho lume
Ascendo na tua transcendência de mulher que é feita nume
e descanso no berço da tua beleza sinuosa – impudente
Sou assim entregue aos movimentos do teu corpo arfante.
Justiça que implorei ao caos primitivo desta vossa deusa incólume.
Tu dormes e é tarde, o sol logo se avizinha; o primeiro canto faz volume
Na cela de nossos diálogos eternos, sei... É a avezinha que cedo se faz viajante!
É tarde, e o tempo este eterno dissipador das lembranças, rico em queixume
Pede passagem anunciando que a vida é o acumulo do instante!
Nosso leito, meus olhos, nossos corpos, vosso toque, nosso rico volume
De ganhos e perdas. Mistério!... Desvelado pela magia deste nosso amor referente!
imagem: Rabe (quintal da casa da Rose)