Não Há para Onde Fugir
Se me perguntam por onde andei
É porque não me sentiram sempre aqui
E nem conseguiram ler as páginas em branco que escrevi.
Por todos esses dias em que escrevi com tinta invisível
Foi porque estive numa batalha quase invencível
Entre dois micróbios: Eu e o que eu pensava que era...
Entre mim e eu, minha própria quimera.
Não me perguntem quem venceu. Só sei que estou aqui novamente.
Não me indaguem se voltei curado ou mais doente. Não importa.
Só posso dizer que decidi continuar, são ou demente...
Porque descobri que não há para onde fugir, nem para dentro da gente.
Mas aprendi, também, que sempre é bom retornar
E que o "futuro bom", o melhor, tem muitas estaçõe no passado.
Que não há viagem direta para lá e a gente sempre precisa voltar
Para apanhar as coisas mais simples que esquecemos por nunca termos precisado.
Voltei pelas Palavras
Pelos seus Olhos
Pelas suas interpretações
Pela sua generosidade
Quero dizer:
Voltei egoisticamente
Por mim...