Letras 0972 - Dor do amor

Depois de algum tempo, o crepúsculo,

caminhos rasteiros de uma pobre vida,

sem sol continua lento na ignorância do amor.

Ninguém sabe por onde foram os olhos doces,

os gestos delicados das mãos suaves,

os abraços e a face ora enrubescida de felicidade.

O mau amor escureceu seus dias

e nos poucos sonhos nenhuma ternura,

as promessas, todas, foram esquecidas.

Se existe algum deus na sua vida,

ficou para depois, a crença, o animo,

hoje desconhece o céu e seus anjos.

Pobre menina-mulher escrava da juventude,

o coração bate aos poucos pedaços de vida,

o sangue já não ferve o desejo do prazer.

De repente um beijo lhe cai aos lábios,

o outono passa, o inverno aquece,

nada é eterno, amor, solidão ou paixão.

Escutando o carinho do coração que entra,

a noite imensa se abriu ao meio-dia de amor

e segue vida, sem feridas, apenas cicatrizes.

19/03/2010

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 19/03/2010
Código do texto: T2147720
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