Amar-te...

Amar-te...

Mesmo quando não há tantas forças em mim.

Mesmo quando a visão, obscurecida pelo tempo,

me impede de te enxergar,

ainda assim, amo-te.

Amo-te como no começo,

como quando éramos apenas partículas amantes.

Hoje somos um corpo,

com uma das metades cansada, é verdade,

mas, um corpo ainda presente no presente do nosso tempo.

Amar-te... Como desejei isso em minha vida,

quando te compunha em minhas melodias,

quando te abraçava nos meus sonhos,

quando, enfim, alcancei teus sentimentos e os reguei aqui dentro...

Amar-te.

Amar-te por inteira,

sem frescuras,

sem quebra-cabeças ideológicos.

Só nós,

nós e os nossos planos...

E foi tudo tão bem planejado.

E encerra-se tudo tão bem contemplado.

Mas o cansaço dessa metade que sou eu,

ainda vai me custar caro,

ainda vai me tirar de você,

ou acabar por fazer de nós uma metade nas lembranças.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 19/03/2010
Código do texto: T2147590
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