A ROSA QUE NÃO ERA COR DE ROSA
A rosa,
Que não era cor de rosa,
Atreveu-se em escrever uma poesia...
Em forma de prosa.
E inspirou-se na beleza da flor.
Na leveza do beija-flor.
No canto do bem te vi.
Na coragem do condor.
E como,
De radioativa, nada tinha a rosa,
Indignou-se com a rosa de Hiroshima.
E fez uma rima - amorosa.
E inspirou-se na cativante flor do amor.
Nos trigais e a sua amarela cor.
Na essência que o coração pode ver.
No amor, que pode conter uma só flor.
A rosa,
Que não era espinhosa,
Encantou um jovem cuitelinho,
E com jeitinho, tornou-se voluptuosa.
E formosa - e revelou-se famosa,
Audaciosa, auspiciosa... como a abelha.
E a rosa que não era cor-de-rosa,
Era uma rosa vermelha.
Marcos Aurélio Mendes