A ROSA QUE NÃO ERA COR DE ROSA

A rosa,

Que não era cor de rosa,

Atreveu-se em escrever uma poesia...

Em forma de prosa.

E inspirou-se na beleza da flor.

Na leveza do beija-flor.

No canto do bem te vi.

Na coragem do condor.

E como,

De radioativa, nada tinha a rosa,

Indignou-se com a rosa de Hiroshima.

E fez uma rima - amorosa.

E inspirou-se na cativante flor do amor.

Nos trigais e a sua amarela cor.

Na essência que o coração pode ver.

No amor, que pode conter uma só flor.

A rosa,

Que não era espinhosa,

Encantou um jovem cuitelinho,

E com jeitinho, tornou-se voluptuosa.

E formosa - e revelou-se famosa,

Audaciosa, auspiciosa... como a abelha.

E a rosa que não era cor-de-rosa,

Era uma rosa vermelha.

Marcos Aurélio Mendes

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 19/03/2010
Código do texto: T2147166