CO-EXISTÊNCIA
Como uma rua no parque,
É como estou me sentindo
Da minha própria existência.
Muitos estão passando sobre mim.
Quando o sol nasce, me sinto tão usado.
Com a cabeça cansada e o corpo suado.
Estou rezando para que minha alma aguente.
Pois, o esqueleto debaixo da pele,
Está pedindo arrego.
Flores, martines e perfume de mulher,
São grandes perigos, um vício,
Descontrolável, perecível e necessário.
Imagino todas às vezes me desculpando.
Como se eu não estivesse errado.
Não consigo parar, minto pra mim mesmo.
O pecado parece ter o gosto mais doce do mundo.
Quando o sol nasce, não consigo disfarçar o amargo da boca.
Imagino todas às vezes que achei que amei.
Ah! Quantos enganos cometidos.
Tanta energia convergida,
Para o lado oposto de onde estou.
Quero deixar de ser a rua do parque
Que todo mundo usa e depois esquece.
Vou deixar a cena e salvar minha existência.