CO-EXISTÊNCIA

Como uma rua no parque,

É como estou me sentindo

Da minha própria existência.

Muitos estão passando sobre mim.

Quando o sol nasce, me sinto tão usado.

Com a cabeça cansada e o corpo suado.

Estou rezando para que minha alma aguente.

Pois, o esqueleto debaixo da pele,

Está pedindo arrego.

Flores, martines e perfume de mulher,

São grandes perigos, um vício,

Descontrolável, perecível e necessário.

Imagino todas às vezes me desculpando.

Como se eu não estivesse errado.

Não consigo parar, minto pra mim mesmo.

O pecado parece ter o gosto mais doce do mundo.

Quando o sol nasce, não consigo disfarçar o amargo da boca.

Imagino todas às vezes que achei que amei.

Ah! Quantos enganos cometidos.

Tanta energia convergida,

Para o lado oposto de onde estou.

Quero deixar de ser a rua do parque

Que todo mundo usa e depois esquece.

Vou deixar a cena e salvar minha existência.

Luiz Noscente
Enviado por Luiz Noscente em 19/03/2010
Código do texto: T2147155
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