O amor a desbrochar
A rua está ausente de estrelas.
Os postes estão á bruxulear
E a minha alma inquieta
Persistente à pestanejar.
É o tempo que miro a lua
Procurando alguma brecha que não seja obscura,
De algo a meu favor,
Que não venha pro meu horror.
Às vezes acho tão improvável
Que deixo a lágrima escapar
Quando de longe penumbra
A vontade de desabar.
Pergunto-me, meu Deus...
O que há para desabrochar?
Uma rosa ferida
Ou uma noiva no altar?