O Poço

Dentro de mim, não há mais

Que um império chinês e seus compartimentos,

Espesso por seus gafanhotos de sangue,

Recente e cheio de visitas repletas

Dos teus rouxinóis órfãos.

Dentro de todos nós há ainda inocência nua,

Nada muito maior do que modéstia,

Como a seda, maquilagens nítidas nas nuanças,

Que revestem Gueixas e Indianas:

A nós não se distinguem Sári e Quimonos.

Adentre os frascos de essência

Há suco com suas devidas fragrâncias humanitárias,

E poeira singular que cobre nossa derme suja,

Bosques solitários de tédio implorando pelo movimento,

Turbilhões de euforia clamando quietude.

Dentro dos jarros de corpos, descartados à rua,

Instalam-se, tanto orações pulverizadas a renascer,

Quanto “Trypanosomoas Cruzi” que parasitam carnes estagnadas.

Dentro de nós, tem se cavado poço profundo,

E quanta água de espelho não se retira de lá, e se atira de lá.