SABOREANDO ESSE AMOR




É na planície dos arvoredos que eu sublimo o amor,
Enaltecendo o que me é devido em longos abraços,
Não durará força adversa que me faça um sofredor,
Amando-te no respingo sob a luz estarei no bagaço,
Da amena flor que sempre sonhei ser o acariciador.

Eu traço e entrelaço essa bela gata no meu pedaço,
Ela diz sorrindo e me beija qu`eu sou o seu amador,
E não rechaço, ela é a minha deusa no meu terraço,
De tudo eu farei no compasso da vida para compor,
Nestes versos alegres serão o seu adereço sem laço.

Eu abjuro da tristeza nessa arguida que só faz a dor,
E nos enamorados que  perdem a razão no percalço,
Talvez, embora escasso, o sujeito não é adivinhador,
Do fracasso que só a inclinação sabe o tal embaraço,
É melhor eu ficar calado, amando a nina com clamor.

Entre as arenas abertas em chamas ele é queimador,
Um rei avassalador, contudo, totalmente, o amigaço,
Às vezes terno quieto e às vezes um bom enganador,
O amor é a flor que não se cheira, e dura no encalço,
E a paixão não definitiva e desbaratada. Será amor?

Não sei dizer, e não saberei pensar, não sou sabedor,
Desse augusto anseio que faz com excesso barulhaço,
Tão acertado quando se ama e nada se diz, é animador,
Quando vai embora é mui furdunço ou grande palhaço,
É... Assim  contam eles que já suportaram do tal amor.

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 18/03/2010
Reeditado em 30/09/2011
Código do texto: T2144740
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