A dor que tem o Amor
Há tempos conheci o amor
Na sua forma mais jovial, sagaz, inocente
Soube das loucuras dos sonhos vindouros
Sonhos perduros dentro da gente
Já soube o que era saudade
Num contexto maduro, elevado e sem fim
Saudade doce, serena, sentinela
Saudade viva e atuante em mim
Já soube o que era sonhar
E em sonhos apenas poder reviver
Somente nos sonhos se tornavam reais
Minha inda esperança no renascer
Já soube o que era ilusão
Ilusão triste de um final de dia
Diferença descrente em passado e futuro
Ilusão doce que se predizia
Já soube o que era esperar
Alongar meus olhos pela estrada
Dominar o tempo e em quimeras rever
Seus olhos antigos virando alvorada
Já soube o que era querer
E de tanto querer esquivar-se à razão
Sem razão eu nem vi que o tempo passava
E a mesma vontade era convicção
Gastei tanto meu tempo em outro caminho
Escolhi meu legado desafiando o destino
Admito, me entrego, reconheço perdi
E entorpeço meus dias nesse desatino