A dor que tem o Amor

Há tempos conheci o amor

Na sua forma mais jovial, sagaz, inocente

Soube das loucuras dos sonhos vindouros

Sonhos perduros dentro da gente

Já soube o que era saudade

Num contexto maduro, elevado e sem fim

Saudade doce, serena, sentinela

Saudade viva e atuante em mim

Já soube o que era sonhar

E em sonhos apenas poder reviver

Somente nos sonhos se tornavam reais

Minha inda esperança no renascer

Já soube o que era ilusão

Ilusão triste de um final de dia

Diferença descrente em passado e futuro

Ilusão doce que se predizia

Já soube o que era esperar

Alongar meus olhos pela estrada

Dominar o tempo e em quimeras rever

Seus olhos antigos virando alvorada

Já soube o que era querer

E de tanto querer esquivar-se à razão

Sem razão eu nem vi que o tempo passava

E a mesma vontade era convicção

Gastei tanto meu tempo em outro caminho

Escolhi meu legado desafiando o destino

Admito, me entrego, reconheço perdi

E entorpeço meus dias nesse desatino

AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 17/03/2010
Reeditado em 23/11/2010
Código do texto: T2144583
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