O AMOR COMPLETO
O amor não necessita de escombros;
Pesos colocados nos ombros
Do parceiro da obra a se construir.
O amor edifica-se primeiro em nós
Quando nosso equilíbrio interior ruir
A depressão e a insegurança, nossos nós.
Estar resolvido como ente
Permite-nos a entrega ausente
De qualquer necessidade de exigir.
O amor então torna-se doação livre, amar,
Felicidade plena, liberdade não vigiada, clamar
De anjos; a água do céu a nos aspergir.
Tudo desprendido, sem posse, sem alma gêmea.
Tentação viva, deleite, macho e fêmea
Se acariciando tão somente por querer.
Assim é a sábia razão de quem ama.
Apenas luz, brilho, chama. E enfim na cama
O êxtase não é dever. Apenas o gozo eterno de prazer.