ROSA VERMELHA
E como presente,
Ganho uma rosa
vermelha.
Tenho com ela,prosa esperta.
Em cada pétala
Rubra,
O aroma do
brilho matinal.
E em cada pedaço seu,
Deixo um pedaço meu.
Corpo suado.
Amor percorrido
por entre meus dedos.
Despojo-a sobe um jarro,
Claro, límpido
De águas cristalinas.
Para que assim,
Ela me veja,
E que assim
Nos compreendemos
Ao longo das noites.
Mas a rosa não
Entende meu pranto.
Meu grito de socorro,
Meus joelhos calejados,piedade!
[imploro.
E com meu calor,
Na velocidade com que
Sonhei,o fiz matas-te
Rosa rubra e
Triste.
Mas nada disto eu vi,
Porque a luz que
Incidia no claro jarro
refratava sua imagem fraca.
Com isso toda minha
Falta de complacência
Deixou-te
Pálida,enrugada.
Agora que penso
Desprezar-te,
Percebo que
prendo–me a ti.
É uma linha tênua
Sem brilho,de aço.
De que me vale uma rosa sem vida?
[questiono-me].
A rosa que murcha
[morre.
A rosa
Murcha
Me arrasta.
Pelos dias
De uma Infinda
Inquietação.
Abro a terra
Com minhas unhas,
Estão cobertas
Em repleto sangue
E tristeza.
E nela enterro
Minha rosa vermelha.
A terra vermelha, morta
pelos fatos
De nossa história.
É minha lamúria
Que encontra o chão
E molha a terra de lembranças,
E abre novas trilhas.
E fecha o coração.
Das palavras em que
Traduziam você
Apenas,
Orgulho,cansaço
(da alma).
Seco a face em prantos,
Assim como seco
Fico por dentro.
Marcho para
Sorrisos desconhecidos,
Curvo o olhar para
Para a terra.
(escondo o pranto ainda insistente).
Observo a terra palpada
Onde jaz
Minha rosa vermelha.
Penso em ter ouvido teus gritos,
Mas eram apenas meus desejos.
(e agora é caminho sem volta).
Ao descansar
meu corpo
em meu leito,
Tal qual cama de pregos,
Desejo deitar-me
Em sono eterno
Para poder gozar-te
Uma ultima prosa.
Ó rubra rosa
Vermelha em meu sangue.
Sempre comigo estarás,
Nas minhas artérias
[Em nossas lembranças.