Outros Sentidos…
Nos quais me enredo
Nas madrugadas
Que me recuso a dormir
Para continuar a minha senda
Do sonho na realidade
Pois é o sonho
Que me faz continuar
Me faz prosseguir…
Ouvindo coisas que mais ninguém ouve
Vendo imagens que câmara nenhuma é capaz de captar
Sonhando com coisas
Que existirão
Que um dia
Um Deus
Ou alguém
Irá inventar…
Sentindo
Todas as emoções
Até ao seu crepúsculo
Saindo de cena
Quando estas estão a morrer
Pois é a luz que me guia
E não as trevas
Que me recuso a aceitar
Me recuso a ver…
E assim disseco
As emoções até ao seu âmago
Sabendo bem quem estimo
Sabendo bem demais quem amo
Não me arrependendo
De nada do que fiz
Ou que deixei de fazer
Importando-me antes
Com o que tenho ainda por viver
Pois sinto tudo
A uma escala portentosamente demencial
Não enlouquecendo
Porque fiz da lucidez
O meu modo de vida
O meu mais ambicioso ideal
Percepcionado na palavra mais bela do universo
“Liberdade…”
Por isso vou estabelecendo laços de amor
De fraternidade
Que existem mesmo
Quando não te sinto
Ou te tenho comigo
Escrevendo a minha história
De 2 mundos
Escrita no meu livro dos livros
A que darei o nome
De
Outros Sentidos…