Só Amor
Enquanto o frio gelava almas lá fora
Nós transpirávamos, quentes de amor.
Não havia tempo, espera ou demora,
Nem, tampouco, tristezas ou dor.
O mundo era o silêncio de quem ora,
Numa tão sublime falta de cor
Que lembrava os filmes que você adora.
Vou sempre lembrar, seja como for.
Como um suspiro o frio me alcança agora,
Enquanto vou olhando o sol se pôr.
N'alguma varanda ao longe alguém chora...
Você arranhava minhas costas - que horror -
Meu sangue, vermelho como quem cora,
Manchava todo o nosso cobertor.
[Aquilo, sim, era amor. E Acabou]
William G. Sampaio [5/03/10]