*Refém das Lembranças*
O amor se desfez lento aos passos
Em pouco está reconstituído o corpo
emagrecido
Sem esperança ou vontade de nova história
Mas agora é a mente que se mantém
refém.
Criamos crianças em nossos risos
E nos copos de vinhos éramos adultos
Programando um futuro perfeito
Com filhos parecidos e assíduos passeios
Pelo mundo afora;
Em estradas virgens, culturas novas
Porém, os dias fizeram-se tristes
E as ladeiras bifurcaram outros destinos.
Não há mais doces nem mimos
Só saudade como herança
Nos tornamos refém de nós mesmos
Do nosso castelo
Nossa insanidade
E todas as lembranças.