E Ela…
Pensa para si própria
Os amores que teve
E que deixou acabar
Não sabendo se por culpa própria
Se forem eles
Que não souberam
A sua eterna interrogação
Interpretar…
Fala para os amigos
Que descobriu dentro de si
Um mundo que não se incomoda
Com os seus densos silêncios
Um mundo que a ama
E que conhece a sua faceta oculta
O que lhe vai na alma
Lhe arde por dentro…
Ri e chora
Todas as maravilhosas madrugadas
Em que vislumbra a única coisa
Que realmente a percebe
A entende
As Estrelas
Pois com elas ela sente-se com tudo
Embora o ignorante meio que a rodeia
Lhe diga que ela não possui nada…
Apanha bebedeiras monstruosas
De facto
Ou apenas virtuais
Ela delira com a intensidade
Que este seu estado
De permanente
Lúcida
Alucinação
Lhe confere
E que ninguém
Percebe
Não entendem
Que esta forma de estar
É genuína
A formula certa
E concisa
De tocar
E alcançar a portentosa Imensidão…
E Ela…