Um monólogo de amor

Num espaço imenso do meu coração,

havia somente solidão.

Não havia afago, nem carícia, e nem paixão.

Soltei-me do chão.

Sem rumo te busquei.

Senti-me bela...

Toquei na tela e você apareceu.

Antes que me impedissem...

Antes que me censurassem, namorei contigo.

Antes que desacreditassem...

Entreguei-me a ti.

Tu do lado de lá, e eu do lado de cá.

Num sonho irreal de emoções...

Á lua e as estrelas levaram-nos.

E lá no firmamento...

Juntos, adoramos as constelações.

Um dia, dobrei a esquina da tela.

Quebrei todo os limites...

Desrespeitei o tempo, todos os sentimentos,

dela.

Perdi-me no silêncio.

E deixei-me enviar os pensamentos.

Cada frase escrita na janela, tu me dizia, e eu

aos apelos te obedecia.

Eram tantas as carícias loucas, que ao meu corpo

percorriam.

Como se já conhecesse há noite há dia, cada

caminho, cada ponto do meu ninho...

Seguiam, rendiam, pedíam...

Vá em frente...