O GRITO DE UM CORAÇÃO

O verso reverso

em versos no avesso

desejo no ensejo

o que vejo e revejo

Verdade que arde

antes que seja tarde

O tempo que urge

sempre que o medo surge

A porta que range

sob o remorso que não tange

A palavra que sai rasgada

ferindo a garganta, desgastando a falange

Dedos em ristes,

apontam críticos os rostos tristes

enquanto o coração grita para a alma:

porque sumistes!

A vida fingida

mostra-se frágil e dolorida

e aos olhos úmidos tudo parece negro

mesmo na tarde colorida

A ignorância do que não é sabido

ainda que se saiba que é proíbido

nada mais fará sentido

se agirmos apenas pela libido

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 15/03/2010
Código do texto: T2139982
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.