O GRITO DE UM CORAÇÃO
O verso reverso
em versos no avesso
desejo no ensejo
o que vejo e revejo
Verdade que arde
antes que seja tarde
O tempo que urge
sempre que o medo surge
A porta que range
sob o remorso que não tange
A palavra que sai rasgada
ferindo a garganta, desgastando a falange
Dedos em ristes,
apontam críticos os rostos tristes
enquanto o coração grita para a alma:
porque sumistes!
A vida fingida
mostra-se frágil e dolorida
e aos olhos úmidos tudo parece negro
mesmo na tarde colorida
A ignorância do que não é sabido
ainda que se saiba que é proíbido
nada mais fará sentido
se agirmos apenas pela libido