MENESTREL
Sabe-se alguém porque minha alma aflige?
É porque nunca uma aurora é como a outra.
Porque os “ais” que ardem em mim não têm definição
Eu sou sempre do absurdo, a imensidão
Não sei usar doses de amor
Nem pequenos cálices de paixão
Prefiro as doses excessivas
Sou pecador compulsivo. E admito!
Vou sonhar sempre... E cair todas às vezes
Esse é um direito que eu me permito
Minha alma aflige porque busco sempre o ultimo beijo. Aquele definitivo
Aflige porque não sou dado a presentes simpáticos... De ocasião
Prefiro sentimentos verdadeiros ainda que mal embrulhados
Sou o tipo que navega em mar profundo como quem nadasse em solidão
E minhas remadas, lentas ou apressadas são ditadas por um pequeno tambor
Chamado coração!
Esse sou eu...
Talvez muito que não se queira
Ou apenas um poeta sem eira nem beira!