MENESTREL

Sabe-se alguém porque minha alma aflige?

É porque nunca uma aurora é como a outra.

Porque os “ais” que ardem em mim não têm definição

Eu sou sempre do absurdo, a imensidão

Não sei usar doses de amor

Nem pequenos cálices de paixão

Prefiro as doses excessivas

Sou pecador compulsivo. E admito!

Vou sonhar sempre... E cair todas às vezes

Esse é um direito que eu me permito

Minha alma aflige porque busco sempre o ultimo beijo. Aquele definitivo

Aflige porque não sou dado a presentes simpáticos... De ocasião

Prefiro sentimentos verdadeiros ainda que mal embrulhados

Sou o tipo que navega em mar profundo como quem nadasse em solidão

E minhas remadas, lentas ou apressadas são ditadas por um pequeno tambor

Chamado coração!

Esse sou eu...

Talvez muito que não se queira

Ou apenas um poeta sem eira nem beira!

luis lopes
Enviado por luis lopes em 15/03/2010
Código do texto: T2139022
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