AMOR VERDADEIRO
Já não me magoa mais aquele raro amor...
Ora, verdadeiro, ora, fingido!
Durante um tempo, vorazmente ardeu-me às entranhas.
Sacrificou-me, feriu, sangrou...
Lá distante, no tempo e no espaço, sossegou.
Um amor ao mesmo tempo bondoso e cruel.
Trouxe o inicio e o final.
Num dia...
Evoluía como flores desabrochando...
Noutro...
Queimava num fogo descomunal.
No universo do amor almas unem-se num só corpo.
Cupidos unem corações.
Interpretem-se em infinitamente eterno...
Engano!
Vivem apenas emoções
Livre de amar eu quisera ser.
Mas eis que me revelo emotiva e necessitada de amor.
Silenciei, gerando alguns suspiros...
Em reflexão, reage-se ao desespero, à morte.
Desatam-se nós que a vida nos indicou.
Descanso em paz finalmente...
Livre de amar, livre de amar como eu quisera ser...
Ainda há um ultimo suspiro...
Um fiozinho só, derradeiro.
Antes de ter de novo! Um outro amor...
Um outro amor.
Mais sincero, mais verdadeiro.