DIVINO PRAZER
Na mão do silêncio
deposito meu desejo inacabado.
Centelhas acendem meu corpo
em correnteza apressada.
A sua volúpia enche
meu coração de amor,
o bombardeio vira dilúvio
dentro de mim,
atinge o volume máximo do querer,
mas não lhe penetra o corpo,
faz justiça com as próprias mãos
e deixa flutuante o pensamento
que antes estava centrado nela.
Nutre o desejo da carne,
mas não tempera o divino prazer
que ainda arde...