Ao raiar do sol...
Sentindo o frio da madrugada
Vou ao calor dos teus abraços
O sono perdido na estrada
Como sonâmbulo tateia e balbucio
Com as lembranças altivas
Escorro o desejo pelos lábios
Das memórias enrustidas
Não consigo conter a saliva
Estico-me nos lençóis quentes
À sede enlouquecida da tua boca
Procurando um local frio
Para preencher este vazio
Precisando gelar as lembranças
Para renascer todas as esperanças
Que queimam os neurônios
Na pureza da sutil inocência
Por extrema incoerência
Fez-se uma disputa fugaz
Era tempo de paz
Quebrado pela intolerância
Lá fora da minha cama...
Tudo está coberto de chamas
Mas aqui, em cima dela
Apesar do meu amor por ela
Tudo era apenas guerra
Rezei tanto para seres sincera
O sol está nascendo
E tudo por aí florescendo
Os ponteiros já se encontraram
Buscam por lenha na fogueira
É hora de erguer a bandeira
No cume da mais alta montanha
Vestir a farda da mentira
Assumir e sumir com a hipocrisia
E viver a vida real...
Fazendo o bem e evitando o mal.
Dueto: Rosana Carneiro e Hildebrando Menezes