Paz
Porque é de ti que me chega
essa paz de coisas guardadas,
de dores caladas
em noites recém terminadas.
Paz de camas aquecidas,
de mágoas esquecidas
e de poesias concluídas.
Paz de montanhas,
de natais, mel e castanhas.
Paz estranha,
paz tamanha,
que percorre as vias
de quando tu me existias.
A paz, Vida amada,
de saber que nada é por nada.
E de que houve um sentido,
no ato de ter vivido.