Em tuas mãos
Estou percorrendo o tempo
E o espaço
Mas sei que ficou a sombra dos seus passos.
Sonhando com algo que não será meu
Quando o mais certo seria firmar o adeus.
Estou com minhas asas quebradas
Seguindo só e sem ninho.
Sei que não posso culpá-lo
Então me pergunto culpar a quem?
Essa dor que parece não ter fim
São as lembranças
Teus olhos, teu cheiro, teu gosto dentro de mim.
Sobrevivo morrendo aos poucos
A cada desencontro o desalento e o tormento.
É peito vertendo sangue
É o desejo de tê-lo próximo, vê-lo saber se é feliz.
Descontentamento, prantos no travesseiro
Relatos, dias ingratos e noites intermináveis.
Estou consciente do presente então me ensine a esquecer.
Aceitar sua ausência
Pobre de mim que tenho tão pouco de você
Quase nada.
E você tem quase tudo além da faca
Tem o meu coração nas mãos!