Bem Vinda
Que venhas
Numa manhã espalhada
De um sol triste
Com uma lágrima que persiste.
Que venhas
Com risos enigmáticos
De lugares insólitos
De paisagens tortas
De um dia esmaecido.
Em juras secretas,
Em sonatas apaixonadas,
Veras o fascínio
De um céu aberto
E a voz do infinito
Sussurrar em teu ouvido.
Que venhas
No desamor, em tua dor
Com teu despertar malévo.
O poeta existe,
O poema existe...
Desflorará tua alma,
Invadirá teu encanto.
E na esperança das palavras,
Em luzes celestiais,
Suavizará teu pranto.