Sombras, não passam de sombras…
Amores devolutos
Perdidos na espuma dos dias
Amores que já foram ricos
Mas que regressaram à condição de pobres
Por eles
Já só sentir pouco mais do que nada
Por quando pensar neles
Sinto muita coisa
Menos alegria…
Alegria…
O que me move
Uma ponte altaneira
Sobre o que me magoa
Sobre o que não vale a pena
Não que ande sempre nas nuvens
Que me seja exterior o sofrimento
Mas não ligo a este
Porque este nada me dá
Nada…
Dele não posso tirar o mínimo provento…
E assim
Como o passado foi há 2 segundos atrás
Como vivo no presente
E para o futuro
As pessoas passam rapidamente
Da excelência
Para recordações há muito idas
(1 hora atrás…)
Porque a vida é demasiado curta
Tenho que a aproveitar
Não posso pensar
“no que poderia ter sido…”
Não posso
Não devo
Nem quero
Passar o resto da minha existência
A falar
A olhar
A sentir
As minhas feridas…