Teu Ecoar

No cômodo a vela em luz

Reflete-te na parede sem voz.

Os longos tecidos voam com a brisa

Vindas das estrelas, do luar

Também te fazendo nobreza!

Como canção

O mar sempre dançarino

Tingindo na praia teu eco inquieto,

Soltando-te em longos sussurros

Oriundos do âmago, do solo

Sempre semeando teu êxtase!

Feito flor no amanhecer

Abre-te em pétalas rosadas,

Intuindo em cada gole um sabor de embriaguez,

Colorindo-te nos belos alvéolos

Extraídos d’alma, da quimera,

Primavera anuncia tu!

Nos lábios

O sabor ofegante do amor

Desenhando o mapa do prazer,

Lavando-te entre prismas alucinantes

Desnudos no olhar, no cavalgar

Que plana, que viaja em emoções!

Auber Fioravante Júnior

10/03/2010

Porto Alegre - RS