Fragmentos

Vivo a languidez

dos olhos frios

e secos.

Amo-te,

afogo-me,

Choro.

Rios caudalosos

lavam as dores.

Tens amor, eu sei.

Por que te escondes

Quando luares

Descalçam teus pés?

Beijar teus lábios,

quero.

Vivo delírios.

Mornas palavras

completam-se,

cheias de medo

e dúvidas.

Linhas nascem,

ligam desejos

aos horizontes

onde dormem os poetas

e seus amores.

Leves, passam.

Tatuam imagens

na fina pele lisa.

Brincam meus dedos,

desenham lagos,

aves e montanhas.

Destinos traçam encontros.

Voltamos às caravelas,

morremos no mar.

Raimundo Lonato

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 11/03/2010
Reeditado em 11/03/2010
Código do texto: T2132712
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