Chuva de rosas
Virava deserto o meu jardim
Nada de flores e nada de cores de verdade
Queria rosas, queria gérberas, queria jasmins
Nada de folhagens, nada de semente, nenhuma realidade
Foi então que ouvi tua voz
Ficastes tão permanente em mim
Um presente para nós
Um amor sem fim
E então caiu uma tempestade
Mas a luz não se fez breve
O céu nos beijou com cumplicidade
Poderia cair até neve
Mas o que caiu do céu foram rosas
Abundantes de desejos
Ficamos todo prosa
Trocamos inúmeros beijos
Rosas em nossas mãos
Rosas escorrendo por nossos cabelos
Rosas de oração
Rosas sem paradeiros
Deitamo-nos os dois
Nas poças desse aguaceiro
Deixamos tudo pra depois
Amamo-nos primeiro
A chuva de rosas descia inclinada
Em todo canto aflorações
E eu tão apaixonada
Assoviando mil canções