Pedra a Pedra…

Vou construindo o nosso muro

De sentires

De indescritíveis emoções

É um monumento ao amor, à amizade

E não um muro de lamentações

Senão deixava-o a meio

Não o deixava crescer

Para insuspeitas dimensões

Porque a nossa obra

Deve ser de prazer

E não de mágoas

Deve ser de alegrias

E não de tristezas

Deve de coisas

Que realmente valham a pena

Como uma batalha

Que pode ser perdida

Mas que nos engrandece

Porque lutámos por uma causa

Por um ideal

E assim lavámos a alma

E a realidade a partir dai nunca mais foi igual

A si…

Pois se dizem que as coisas belas

São aquelas que podemos tocar

Permitem-me que discorde

Que com tal não possa concordar

Dado a vida ser um dom

Que agarramos com demasiada intensidade

A vida não se pode medir

Tal como não é mensurável a energia de uma estrela

O voar de uma borboleta

Sim…

As coisas que realmente são validas

Não se podem medir

Só se podem

Sentir…

E não há nenhuma palavra

Que o vá realmente transmitir

Só o brilho do teu olhar

Que nas trevas

Me indica por onde ir…

Pedra a Pedra...

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 10/03/2010
Reeditado em 10/03/2010
Código do texto: T2130303
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