Pedra a Pedra…
Vou construindo o nosso muro
De sentires
De indescritíveis emoções
É um monumento ao amor, à amizade
E não um muro de lamentações
Senão deixava-o a meio
Não o deixava crescer
Para insuspeitas dimensões
Porque a nossa obra
Deve ser de prazer
E não de mágoas
Deve ser de alegrias
E não de tristezas
Deve de coisas
Que realmente valham a pena
Como uma batalha
Que pode ser perdida
Mas que nos engrandece
Porque lutámos por uma causa
Por um ideal
E assim lavámos a alma
E a realidade a partir dai nunca mais foi igual
A si…
Pois se dizem que as coisas belas
São aquelas que podemos tocar
Permitem-me que discorde
Que com tal não possa concordar
Dado a vida ser um dom
Que agarramos com demasiada intensidade
A vida não se pode medir
Tal como não é mensurável a energia de uma estrela
O voar de uma borboleta
Sim…
As coisas que realmente são validas
Não se podem medir
Só se podem
Sentir…
E não há nenhuma palavra
Que o vá realmente transmitir
Só o brilho do teu olhar
Que nas trevas
Me indica por onde ir…
Pedra a Pedra...