O Beijo da Serpente
Insetos invasivos são meus dedos entre os seus cabelos
Puxando e arrancando como se estivesse colhendo
Em um campo, flores do mal
E o vento forte se confunde com os seus gritos
O sangue embaixo das minhas unhas é tão nobre
Como a terra que se esconde nas mãos do jardineiro
E assim me dedico a tornar seu corpo vivo e florido
Tal uma rosa, em chamas, vivo, vermelho
Os meus dentes se alimentam da sua carne
Cravando-se no banquete que você me proporciona
E seus pedidos de misericórdia soam como música para os meus ouvidos
Minha sede é saciada na concha úmida que verte
As águas mais doces que a ambrosia dos deuses
Afinal o seu teatro de dor é quase real
Contudo o seu sexo excitado não mente
E assim selo nosso amor com um beijo
Minha Eva, sou sua Serpente