Mares da vida
Em meu intimo te quero.
Nas densas palmas rompe-se a atmosfera.
A lua flameja sob as claras águas.
Iguais instantes se superam.
Nevoeiros a bailar em iguais formas.
Um chabó colorido se solta do crepúsculo.
Às vezes um fulgor culminante assusta.
No regozijo de uma só embarcação.
Acordo, e aquoso é o meu espectro.
Distantes mares se ouvem.
Como refúgio, em meu intimo te quero.
Oculto no horizonte encontra-se meu amor.
Entre todas as coisas te amo.
Meus sonhos voejam no solene andor,
Em busca do prazer sob o tálamo.
Já me sinto quase realizado ao que fiz.
São infinitas incógnitas reveladas.
Apraz-me esta vida bem sucedia.
Amo-te pela simplicidade não rebelada.