AMAR

AMAR

Joyce Sameitat

Minha vontade é incansável no que concerne;

A procurar o amor que tenho direito a viver...

Enquanto tal pensamento me persegue;

Fica aqui o coração a sonhar e sofrer...

Onde se escondeu o meu príncipe encantado;

Que alegrias me traria pelo fato de existir?

Procuro no meu ser um tanto arrevesado;

A resposta, ou estou tentando me iludir?

Coloco meus dedos nos olhos da noite clara;

Pergunto para a lua onde o encontrar...

E minha mente com um muro se depara;

Enquanto me banho no iluminado luar...

Minha história de vida parou pela metade;

Ficou perdida por ai à-toa nas tardes;

De marés nas quais a alma flutua pensativa;

Tentando em si mesma achar alternativas...

Para deixar-se cativar por alguém especial!

Mas tem que parecer comigo, etecetera e tal...

Já nem sei mais se estou muito exigente;

Ou é o coração que se sente carente...

Não querendo topar com algo que se dê mal!

Perdeu eu penso muito de sua percepção;

Transformou-a talvez em algum afluente;

Deixando-se dragar por uma falsa emoção...

E mais do que eu quero o coração sente;

Como trago em mim tantos sentimentos vãos...

O quanto faz falta a ele se aninhar no amor...

Daqueles desvairados que estrelas conta;

Separando-as em sentimentos e por cor...

Sem levar da realidade o que ela aponta;

Pois que seu dedo é por demais acusador...

Quero me apaixonar com tudo;

Ao ponto de até abraçar o mundo...

Deixando de lado a loucura da razão;

Que sempre me coloca em cima do muro...

A alma precisa dar somente vazão;

A este sentimento totalmente inseguro;

Que abala com muita força o meu coração!

Mas o faz ser todo luz ao invés de escuro...

São Paulo, 18 de Feveiro de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 08/03/2010
Código do texto: T2127091