Cidade…
Nasci e estudei numa Cidade Portuguesa conhecida principalmente por ter a Universidade mais antiga da língua de todos nós, e uma das mais velhas do Mundo.
Nesta cidade pequena os estudantes vestem um fato negro, com uma capa, e dão uma vida inusitada a esta urbe, cantando nas suas ruas quase milenares um fado muito característico que versa a saudade, os estudos e os amores que o tempo trás, que o tempo leva.
Em Coimbra cruzam-se diferentes povos, diferentes culturas, transformando assim esse local algo esquecido numa metrópole Universal, onde se cruzam quase todas as Nações do Planeta.
Por isso este poema só podia ser dedicado a ela, onde estudei, amei e fui amado, mas também a outras cidades que conheci, que continuo a conhecer e onde sou sempre muito, muito feliz…
Nos teus braços
De imensa grandiosidade
Amei e fui amado
Em teu colo me deitei
Conduzi o tempo
E no tempo fui levado
Nas tuas ruas de época indefinida
Cantei o fado
Da chegada
O fado da partida
O rio que corre em ti
Teu sangue
Que reflecte a Eternidade
E nos recorda
Que as lágrimas que alimentam o caudal
Que escrevem as letras
De amores ganhos ou perdidos
Da perene saudade
Recorda-nos que a vida existe para lá das sebentas
Das noites de festividade
Lembra-nos que temos de viver fora do que és, do que representas
Antes que seja
Demasiado Tarde…
E assim parti
E outras urbes conheci
Cidades de Torres Imensas
A iluminar a Humanidade
Cidades eternas
No meio do mar
Cidades
De mil cores
De mil povos
De mil culturas
Que é bom visitar
E quem sabe
Termos o desejo secreto
De lá ficar
Sem horas
Sem idade
Os locais mais maravilhosos do Universo
Cidades…