Cidade…

Nasci e estudei numa Cidade Portuguesa conhecida principalmente por ter a Universidade mais antiga da língua de todos nós, e uma das mais velhas do Mundo.

Nesta cidade pequena os estudantes vestem um fato negro, com uma capa, e dão uma vida inusitada a esta urbe, cantando nas suas ruas quase milenares um fado muito característico que versa a saudade, os estudos e os amores que o tempo trás, que o tempo leva.

Em Coimbra cruzam-se diferentes povos, diferentes culturas, transformando assim esse local algo esquecido numa metrópole Universal, onde se cruzam quase todas as Nações do Planeta.

Por isso este poema só podia ser dedicado a ela, onde estudei, amei e fui amado, mas também a outras cidades que conheci, que continuo a conhecer e onde sou sempre muito, muito feliz…

Nos teus braços

De imensa grandiosidade

Amei e fui amado

Em teu colo me deitei

Conduzi o tempo

E no tempo fui levado

Nas tuas ruas de época indefinida

Cantei o fado

Da chegada

O fado da partida

O rio que corre em ti

Teu sangue

Que reflecte a Eternidade

E nos recorda

Que as lágrimas que alimentam o caudal

Que escrevem as letras

De amores ganhos ou perdidos

Da perene saudade

Recorda-nos que a vida existe para lá das sebentas

Das noites de festividade

Lembra-nos que temos de viver fora do que és, do que representas

Antes que seja

Demasiado Tarde…

E assim parti

E outras urbes conheci

Cidades de Torres Imensas

A iluminar a Humanidade

Cidades eternas

No meio do mar

Cidades

De mil cores

De mil povos

De mil culturas

Que é bom visitar

E quem sabe

Termos o desejo secreto

De lá ficar

Sem horas

Sem idade

Os locais mais maravilhosos do Universo

Cidades…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 07/03/2010
Código do texto: T2125218
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