Confins do Amor

Casas entre pomares: frutas se apanham;

Moradias do amar, adentrá-las;

Juntar-se as vozes indizíveis, banais

Ao dialeto subjetivo.

A intenção não é simplesmente falar, ouvir

Experiência acumulada ao longo dos anos.

Ao romper da aurora a frieza da paisagem

Suaviza e acalma o coração e adentra-se

No campo da ilusão. Compacta neblina

Rodeia os rochedos e resiste à emoção.

Dentro espreita paixão dos sonhos perdidos.

Outras casas, agora nas cidades vazias

Destroçadas por terremotos, ali não se sabe

Conjugar o verbo, o importante é o momento

E o que se tem para dar e se nada tivesse

Os sobreviventes andariam até encontrar

O verbo e reaprenderiam conjugar: eu amo

Tu amas, ele ama, nos amamos. Então proporia

Vamos todos amar!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 07/03/2010
Reeditado em 07/03/2010
Código do texto: T2124878
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