FUGA

Ó,sono profundo e imperturbável

Ocupa-te de mim,faze-me recôndito,

Até que chegue meu amor.

Esconda-me da saudade

Que me devora as entranhas,

Afasta-me da amargura de

Não tê-la a meu lado.

Com o sono dos que ibernam

Oculta-me do triste inverno

De sua ausência.

Enclausura-me em um casulo,

Para que não perceba sua falta,

Até que chegue meu amor.

Tendo chegado,desperta-me.

Faze-me de pé e

Deixa-me por hora,pois;

Desejo então viver.

Sim, desperta-me,

Hei de banhar-me no

Primaveril sorriso de minha querida;

Rompasse o casulo e

Saia eu transformado.

Iluminado pela presença de

Minha amada.

Mas, caso ela não venha, Não te vaz;

Antes,chame o sono eterno

Para que tome o teu lugar,

E seja então a morte

Minha companhia derradeira.

Jairo Borges
Enviado por Jairo Borges em 07/03/2010
Código do texto: T2124419
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