Delírios

Entrego-me ao silêncio,

Tendo-te ao bom bordo

Do perfume que imprime

Em minhas folhas pautadas,

Extasiadas como teu gemido

Nutrido em éden’s vindouros

Do orvalho sentido nos lábios!

Ergo-me em introspecção

Ouvindo teu lamento estro

Da letra que cantas

Com olhar em meus desejos,

Despida como a flor ao beija-flor,

Colhendo em néctares alvoradas

A palavra idílica em sedução!

Doo-me em lágrimas

Querendo mais do devaneio

Que tatuas em afagos

Em minha pele em torpor,

Ensejada como teus delírios

Oriundos do anoitecer astral,

Do amor navegando em teu divagar!

Auber Fioravante Júnior

03/03/2010

Porto Alegre - RS