Onde o amor?

Em tantas noites em meio ás blumas,
teus olhos distântes,
eram estrelas radiantes,
imersas na escuridão,
longe do alcance das mãos!
Numa noite revestida pelo meu silêncio,
tuas palavras tocaram meus ouvidos;
toque de sinos despertando-me da inação...
Na noite que amanhecia,
teu chamado,
ante meus desejos reticentes,
foi a esperança que meu coração aquecia!
Pensamentos distântes,
sobre possibilidades imprecisas!
O amor onde estaria?
Sem que o tenha percebido,
ante mim estava,
e eu nem o sabia!
E assim começamos a noite como estranhos,
sem imaginar quais caminhos nós seguiriamos...
Um no outro nos entregamos... ao amanhecer!
Com paixão e loucura,
e este amor até hoje dura...
Brilho de estrela na imensidão,
calor de um verão que perdura!
Que faz de tudo para não arefecer!

Edvaldo Rosa
08/08/2006
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