Você


Você me da secura, gastura.
Me da um nó nas tripas.
Minha boca fica seca.
Da uma tremedeira.
Você me da batedeira,
Uma gagueira.
Só falo bobeira,
Perco as estribeiras.
Fico agoniado, engasgado.
Você me da insônia,
Da uma dor no peito.
Não sei o que faço.
Perto de você,
Fico sem jeito.
Já chego vencido.
Tento parecer normal,
Mas logo desisto.
È só você me olhar,
Que eu já começo a fraquejar.
Mas tudo bem,
Não vou te sufocar.
Fico no meu lugar.
Que destino ingrato,
Desatinado e maldoso.
Platônico sigo a te admirar,
Obra de arte que não posso tocar.

Paulo Siqueira Souza
Enviado por Paulo Siqueira Souza em 04/03/2010
Código do texto: T2120157
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