Etérea Capela

A onda bate na pedra,

O corpo te encontra

No som da pétala, viajando,

Sentindo o gosto da geografia

Delgada, lépida, ofegante,

Um anjo no destino do lábio!

Por entre os cômodos

O escorrer das gotas

Saudando em doces uvas

A pele em chamas singulares,

Etéreas ao tocar sinos,

Uma pérola no caminho das flores!

Mais um abraço

Quebrando o silêncio em quimeras,

Passeando pela silhueta,

Curtindo o sabor das águas

Ávidas, líricas, insanas,

Um poema pelo veio da capela!

Um grito sussurrado

Ganha o espaço pelo céu

Exclamando o beijo molhado,

O colo em delírios náuticos,

A paixão renascendo amor,

Uma sinfonia, a aurora do gozo!