PRIMEIRO AMOR

O amor de criança, adolescente,

Despertado em nós pelos hormônios,

Incentivado pelos outros jovens,

Anônimos,

Pois queriam nos ver em matrimonio.

Beijávamo-nos às escondidas,

Como era doce, tua saliva,

Como cheirava bem o teu suor.

Nas brincadeiras de esconde, esconde

Havia sempre um jeito de ficarmos sós.

Pegar em tua mão agora tinha outro sentido,

Acariciar teu seio recém nascido,

A tua mão em meu sexo enrijecido.

Era prazer até então indescritível.

Mas tudo aquilo que almejavas,

Eu ainda sequer imaginava.

Foste por outro homem cortejada,

E em seus braços, conheceste o amor.

Vi-te casar, saí da tua vida,

A roda do tempo não parou,

Hoje quando me olhas enternecida,

Sei que o amor por mim, não se apagou.

Para A. R. C..