Se morro; morrerei? E do que será minha morte?
Tenho vivido arrependido, de tal sorte que minto
Todo dia, e deste mentir me ressinto!
Quem sou eu, embriagado nas cismas da sorte.
 
Navegante  por mares de sonhos que no sono pressinto,
Sonhos fantasmagóricos, que revela  minh’alma sem porte.
Alma fustigada por memórias doridas de amargor absinto;
Na toxicidade das minhas palavras revelo meu norte!
 
Se sou o que sou, por onde andei e quem me revelou forte?
E que força é esta que me dão, vendo na mascara o consorte,
Não me queira a morte, pois hoje não morrerei pelo que sinto
 
Havendo deus que ele me aporte no viés que consinto ;
Viverei ainda que na vida resida o gérmen da morte.
E permanecerei vivo ad eternum, primando pelo que não minto! 
 
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 03/03/2010
Código do texto: T2117650
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