AS GOTAS DE ORVALHO QUE A MADRUGADA CHOROU

As Gotas de Orvalho Que a Madrugada Chorou

Eu parei em frente à natureza

Ela me olhava como você em despedida

Tão tranqüila e traiçoeira

Levando a poeira do chão dessa vida

Olhei as estrelas tão lindas no céu

Fiz-me de luz pra sentir o luar

Segui com o dedo estendido o horizonte

E senti a leveza que ele toca o mar

Não me bastava uma poesia

Onde eu falasse de dor e amor

Onde eu rimasse tudo em alegria

E fizesse meu mundo mudar de cor

Sentei num banco solitário da praça

Onde tudo um dia começou

Também ganhei uma folha de árvore

Caída de outono me beijou de graça

Ali a história virou memória e também terminou

Olhei para o céu pra ver o espetáculo

A chuva nascia do infinito

Caía de uma altura impossível de se imaginar

Molhando meus cabelos e também meu olhar

Peguei meu violão e afinei um acorde

Pedi aos anjos que viessem me abençoar

Tocar-me na desvantagem do amor

E nesse universo me ensinar a voar

Cantei o amor em versos de madrugada

No silencio da estrada que tudo levou

E na escuridão do meu coração

Percebi que da vida não se leva nada

Plantando em meus delírios num jardim

As gotas de orvalho que a madrugada chorou.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 03/03/2010
Código do texto: T2116884
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