Vestígios Propositais

Fujo dos meus olhos, suprimo-me

Corro de acusações agudas que o espelho me faz.

O anonimato do “não tocar-lhe” cibernético

É que inspira em mim corda e cifra.

Sob meu teto chove,

Mas uma espécie de tristeza pela felicidade

E não me preocupo em deixar vestígios propositais.

Não quero que me encontres, que me veja com estas marcas.

Quero chegar onde tu estás, o toque.

Quero descobrir tua cidade: floresta de pedra.

Mas desejo mais ainda, por Zeus,

Desvendar a cidade do teu corpo.

Sinto cheiros e sons através da madrugada

E que por um ou mil leitos atrativos bolo planos

Que lá no fundo são meus vestígios intencionais

E bem no fundo entrego-te o mapa da minha furna.

Que me importa a arte pela arte,

Que me importa os saltimbancos,

Se a minha única arte é pintar o sete

E os saltimbancos cortinas entre nós?

O agora é o deixar das personas, onde te perdendo encontro-te,

É um jogo de luzes, cilada das sombras,

Esconder e revelar, abrir e entregar

Todas as pistas que deixo pelo caminho,

Meus vestígios propositais.

Encontre-me.

Descubra a cidade

Do meu corpo!