SAUDADE
De mãos dadas com a poesia
Esta minhã irmã, que me acompanha sempre
Pela vida, pelos becos e esquinas
Escarnecendo , às vezes, desta minha sina
De atribuir ao amor, versos e doces rimas...
Ah! Esta passageira, sempre agitada!
Em passos ligeiros a deter-se na gare
Lenços ao vento, acenos de mãos
Na bagagem, apenas a emoção...
Ah! Esta irmã das dores e das saudades!
Ganhando mundos, cortando estradas
Que nos trazem um pouco de tudo
Ás vezes, ...nada!
E o trem lentamente vai partindo...
As mãos, ao longe, sumindo
Uma última imagem, um grito
Um último aceno de felicidade
O trem vai partindo, rumo ao infinito
Choram saudades...
Helena Grecco
02.03.2010