CRISE DE ABSTINÊNCIA

Eu procuro os versos,

Eu tento encontrar as palavras,

Eu faço um esforço sobre humano...

Para tentar montar pelo menos uma estrofe.

Eu sou uma poetisa com crise de abstinência!

Eu não consigo achar a poesia dentro de mim.

Não consigo mais expor a minha arte...

E eu sei que ela ainda está aqui,

Sei que a usei,

Que com ela eu disse tantas vezes que te amava.

Que com ela eu chorei de saudade,

De amor,

De ausência,

De tristeza.

Meu amor não está aqui!

E eu sei...

Na verdade,

Eu já me acostumei à tua ausência.

Já não estranho mais essa terrível distância que se interpõe entre nós.

Eu aprendi a amar-te,

Simplesmente...

Sem ter-te aqui.

E reverto o ditado:

Longe dos olhos, mas PERTO DO CORAÇÃO!

Mas tu não estais.

E não é mais esse o problema...

E o que me aproxima de ti?

E as palavras?

Onde foram as palavras?

Será que partiram?

Será que se foram...

Junto com você?

Diga-me amor:

Você sabe onde elas se esconderam?

Sabes tu onde minha alma poética se perdeu?

Amor meu,

Eu preciso de ti aqui!

Mas...

Na impossibilidade de ter você em meus braços,

Preciso da MINHA poesia!

Não quero escrever-te Cecília,

Fernando,

Ou Neruda.

Quero que tenhas pra TI o que sai DE MIM!

Quero que recebas as palavras da, sempre apaixonada, PAMELA!

Por isso...

Prometo-te encontrá-las novamente.

Para poder escrever-te como antes,

Os mais lindos poemas de amor.

Pamela Medeiros
Enviado por Pamela Medeiros em 01/03/2010
Reeditado em 06/03/2010
Código do texto: T2114943
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