"Brisa" - Amor Improvável -

Como ousas olhar minha alma de homem nesses teus olhos de menina,

como se fosse capaz de ser para mim quem sempre sonhei?

Como ousas dizer-me promessas e palavras refletidas

e irrefletidas de amores...

E como posso transparecer ingênuo como sempre,

sempre que me enlaça em teus braços

e recolhendo-me em teu peito me chamas de “meu amor”?

Como eu, homem feito, recuo ao tempo e me perco na impossibilidade desse amor...

Não te aproximes de mim até que teu sorriso não vejas o meu...

Não digas de tua saudade, a saudade que escondo só pra teu gosto não fazer...

Não me fales no futuro e na diferença das décadas sem antes eu criança me fazer...

Não confesse mais a inocência de tua voz doce e trêmula

no lugar sagrado do meu ser

onde ninguém já mais ousou chegar depois de tanto tempo...

Ora, admiro tua coragem...

O amor é a expressão perfeita que desdenha o alicerce raso da compreensão humana!

Quem será capaz de seguir a perfeição de seus ideais sozinho...

Quem, que como eu, toma uma decisão,

até que te veja e renasça o inexplicável?

Estou bem sem te ver. Melhor em te ver. E feliz em amar o contra-senso desse amor!

Simplesmente agora, um tom suave, tanto em ter ou não ter, me deixa a certeza que sempre te amarei!