Amor...

O amor é como veneno

Que enfeitiça os olhos da alma

A estar cego e não sentir mais vazios

E juntar-se a outra solidão...

É um abandono desvairado...

Que brinda o calor das manhãs

E que sozinho não importa-se assim

Pois que caminha e finge-se ator

Pois que entrega-se à força e ao calor

Ó noite estrelada, ó lua calada!

Todo silêncio é seu alvorecer...

E nos éolos ruflos do pensamento

Grita e voa, num ruflar feliz sem a si se saber

Que desejo é esse que toma a vida?

Que loucura é essa que envaidece o ser?

É algo como morrer-se um pouquinho?

É tal qual perder em qualquer caminho?

Eia um brinde ao vinho do amor...

Eia um brinde ao beijo roubado

Eia um brinde ao assim impensado, sem medo ou pudor

Eia!

Só isso e tua mão, querida...

De que vale tanto a razão da vida?

Só o teu Sol, só os teus lábios exalando a flor

E eu te darei o mais doce veneno, a ternura do amor...

jairomellis
Enviado por jairomellis em 01/03/2010
Reeditado em 01/03/2010
Código do texto: T2114178
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