BAILARINAS MORTAS

Bastaria estar em casa

O chão ser de taco

E a mente tão ausenta quanto o riso

Bastaria ser velho

Ter os seus dedos enrrugados pelos momenros que se firam

Bastaria olhar sem foco

Sentado na janela mais alta e mais esscondida do seu refúgio

Bastaria não ligar

Não se barbear

Não sentir fome

Bastaria estar conciente inconcientemente

E ser em seu ascento o seu maior inimigo

Bastaria olhar para o teto já velho e esburacado

e ver constelações e planetas ainda nem descobertos.

Bastaria ter seus movimentos leves!

Orquestadros por notas musicais sopradas ao seu ouvido pleo firme chão de taco.

E então restaria as sapatilhas aprumadas na areia,

E a bela imagem ao fundo da sua retina

Como num quadro pintado à mão,

Que não se vai com o tempo, ou o lamento

E ter essa vontade de ir além que o mantém corado já não bastaria.

Sem mais resistir sentirá com sues pés

Descalços no chão o vibrar de um espetáculo,

Ressoando a respiração de uma vida.

Rakowicz
Enviado por Rakowicz em 01/03/2010
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